O presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), José César da Costa, participou nesta terça-feira (28) da primeira reunião do FMCS (Fórum MDIC de Comércio e Serviços), grupo organizado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços) para elaborar políticas de desenvolvimento do setor.

A reunião, que é formada pelas secretarias da pasta e por 26 entidades representativas do segmento, foi conduzida pelo ministro Geraldo Alckimin, que falou das ações do governo para o setor, como os programas Desenrola e Brasil Mais Produtivo, e afirmou que pretende reduzir entraves que afetam os empresários, como a burocracia e os custos. “Vamos focar na desburocratização e redução dos custos para o empresário e assim podermos avançar cada vez mais”, afirmou.

Em sua fala, o presidente José César disse sentir orgulho e satisfação pela CNDL participar do grupo e se colocou à disposição para cooperar com o MDIC. “A CNDL é a principal entidade representativa do varejo e tem grande capilaridade, relacionando-se mais de 180 milhões de brasileiros. Tenho certeza de que podemos colaborar e muito com esse Fórum”, disse.

Políticas para o desenvolvimento do setor de comércio e serviços
O FMCS tem a missão de debater políticas com bases sustentáveis e tecnológicas para o desenvolvimento do setor, responsável por 68,2% do PIB de 2022.

“Nós pretendemos periodicamente estar ouvindo o setor de comércio e serviços, o que é para já e o que é para médio prazo, para trabalharmos juntos”, garantiu Alckmin, ao listar uma série de medidas desenvolvidas pelo governo federal em benefício do setor, como as linhas de crédito para inovação e digitalização e o fundo setorial do audiovisual, ambas do BNDES, e os programa Desenrola e o Brasil + Produtivo.

O ministro também defendeu que o debate sobre a desoneração da folha de pagamento de setores que mais empregam seja o foco de debate após a reforma tributária. “O grande desafio do mundo vai ser emprego e renda. Não só nosso. Mundial. Então a gente procurar pós-reforma tributária buscar caminhos para a desoneração de folha”, avaliou.

Neoindustrialização
O terceiro setor tem grande abrangência, que vai desde empreendimentos locais até grandes redes de varejo, impulsionando a circulação de bens e estimulando a atividade econômica. Além disso, há setores de serviços que incorporam atividades de alta tecnologia e que demandam mão de obra especializada, promovendo inovação e competividade.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, ressaltou a importância do setor de serviço como dimensão estratégica para a neoindustrialização. “É um dos setores mais estratégicos que nós temos para a geração de emprego, de renda e fortalecimento dos maiores potenciais para o crescimento econômico brasileiro, que é o mercado interno”, explicou o secretário.

Entre os temas abordados na reunião pelos representantes das 26 entidades integrantes do Fórum estão impostos de importação, simplificação regulatória, Custo Brasil e exportação de serviços. A próxima reunião do FMCS será realizada no primeiro semestre de 2024.

 

 

Fonte: Varejo S/A